(FORJA - CASSIE HUDSSON)

Essa forja, em especifico, pode ser encontrada em uma passagem secreta pelos túneis (graças à Harry e Bryan, muito obrigada!). Por dentro é larga e comprida, com diversas caixas e estantes espalhadas por todos os lados, além de trabalhos que nunca foram terminados e projetos de construção. No centro está os equipamentos para a forja, como bigornas e mesas, além de equipamentos a gás e peças de ferro. Possuí um processador na extremidade esquerda que possuí o objetivo que amenizar o calor causado pelo forjamento. No fundo da sala, existe um projeto em continuidade que ninguém soube distinguir, um segredo que apenas Cassie e seus amigos sabem.

O suor escorria pela blusa amarrotada, onde um unicórnio sorria alegremente com uma mensagem de “chicas!! chicas!!”. A forja permanecia em sua temperatura ambiente: o inferno de uma dimensão alternativa onde o inferno é o inferno do inferno.

Mais cedo naquela tarde, uma garota simpática havia a visitado em seu posto nas sentinelas e sua demanda era bem simples, porém trabalhosa. Cassandra possuía um material em sobra que havia utilizado para a fabricação de uma biga voadora — diga-se de passagem que não funcionou —, que serviria perfeitamente para o trabalho.

Colocou uma grande placa de titânio sobre a mesa de equipamentos, utilizando de um martelo para quebra-lo em diversos pedacinhos. Colocou todos em uma bandeja apropriada e levou para o único forno que ainda funcionava — os demais estavam em greve, algo relacionado a trabalho escravo e uma nova era de fornos revolucionários.

O tempo era relativamente pequeno quando estava trabalhando, mas gostava de ver suas mãos engraxadas e o cheiro de vapor penetrando suas narinas. Usou uma de suas formas antigas para fazer o bastão, despejando o titânio em líquido ali e esperando que esfriasse um pouco. Com uma pinça específica, usou de ouro para detalhar uma frase antiga em latim que significava “na guerra viverás e na virtude florescerá”.

Ao decorrer das horas, sentia o cansaço nos dedos e uma dor em suas costas que sempre estavam arqueadas. Utilizou de uma chave de fenda para programar um sistema onde fendas abrissem por todo o bastão, dando origem a espinhos de aço.

Empacotou tudo em um embrulho dourado com anõeszinhos engraçados por todo o lado e correu em direção à coorte de Uma. Como o pagamento havia sido adiantado, apenas entregou o bastão alegremente, alertando sobre o pequeno botãozinho na extremidade inferior.

arma:

materiais utilizados:

Tinha dias que não suportava o calor de sua forja, em outros, a temperatura agradava sua pele. Cassandra tinha de admitir, gostava muito mais da desorganização de sua pequena caverna do que do mundo caótico de lá fora. Pelo menos poderia se esconder da realidade e fingir que a humanidade era repleta de sonhos.

Naquela tarde, em particular, levava nas mãos o arco e flecha que havia conseguido no arsenal do acampamento. Eventualmente, os jogos de guerra aconteceriam e ela não queria ser a única que não possuía uma arma potente.

Trouxe também um embrulho rosa pink, com um top florido na ponta. Dentro tinha pequenos brownies, feitos por sua melhor amiga Alexandra. Depositou em uma lareira no canto da sala esperando que um dos deuses se agradasse com o cheiro e enviassem um pouco de ajuda, pelo menos para conseguir resolver aquele quebra-cabeça.

Colocou seu arco em cima de uma mesinha -- que aliás estava relutante em deixar que Cassie fabricasse algo, dizendo que ia estragar sua madeira nova. Do lado, uma série de pedras preciosas estavam dispostas em ordem: Um rubi, uma safira, tópazio, opala e ametista.

O tempo pareceu correr por entre seus dedos, enquanto forçava a visão para os mais minuciosos detalhes do novo arco. A prole de Vulcano conseguiu sentir uma vibração inquietante, como um bater suave em sua porta que sussurrava etapas de construção. O diário de seu pai estava aberto na parte de “Construção mágica: Encantar e Desencantar materiais nobres”.

As pedras foram colocadas no braço da arma, reluzindo junto ao ouro imperial. Uma gota de suor escorria pela testa, deslizando lentamente até os lábios da semideusa. Os olhos brilharam quando uma luz celestial emergiu de todo o arco, durando poucos segundos antes de esvaziar-se para sempre. Ela sabia que havia conseguido forjar uma arma mágica, mas não sabia se teria dado realmente certo.

Uma rosa brotou em uma de suas estantes, acompanhada de uma caixinha de bombons. O perfume se espalhou por todo o local, e Cassie sabia exatamente de quem haviam sido enviados.

Spoiler: